Reginaldo…

A pandemia tirou muita coisa de mim, tirou minha casa. Então eu passei a viver de abrigos, eu e meu filho.

Eu vejo no curso de gastronomia, como a chance que eu tava procurando, de voltar pro mercado de trabalho formal.

Rui Luciano…

Morei na Europa, viajei o mundo, mas também me perdi. Afundei em vícios, perdi pessoas e cheguei ao fundo do poço. Até que meu filho disse: ‘Pai, toma jeito na vida’. Desde então, estou sóbrio, reencontrando meu propósito na culinária e provando que sempre é possível recomeçar.

Luiz Fernando…

Nunca me vi em situação de rua. Tive um café, perdi na pandemia e morei em um albergue. Agora, aos 60 anos, estou recomeçando com um curso de culinária e esperança no futuro.

Nery …

Meu pai me colocou pra fora de casa porque eu sou homossexual. Fui espancado, vivi na rua, me afundei nas drogas. Mas um dia percebi que só eu podia lutar pela minha vida. Hoje, com 40 anos, tô me profissionalizando, buscando trabalho e me reconstruindo.

Alex…

O vício me tirou tudo, mas a esperança me trouxe de volta. Quero recuperar minha vida, minha dignidade e, acima de tudo, o orgulho da minha mãe.

Lucas…

Quando eu estou jogando basquete, minha mente fica livre. Esqueço dos problemas, esqueço do uso. Esqueço quase de tudo.

Saí de casa para não trazer vergonha para minha família. Agora, estou tentando recomeçar e construir um futuro melhor.

Moraes…

Eu busco ser um cara otimista, determinado, que corre atrás dos meus sonhos. Minha mãe sempre dizia: ‘Faça o que eu digo, não faça o que eu faço’. Ela veio de uma vida difícil, caiu na rua muito nova, conheceu o lado errado da vida. Mas, apesar de tudo, ela criou oito filhos na raça. Ela não teve apoio, foi expulsa de casa grávida, mas nunca deixou de nos amar.

Nelson…

Já vi pessoas morrerem do meu lado. Já estive na Cracolândia. É assustador. Mas o que eu digo para os meus filhos? Fiquem longe das drogas e da bebida. Esse não é o caminho.

José…

Passei noites com fome, dormindo no frio, sem saber se veria um novo amanhecer. A vida me tirou quase tudo, menos a esperança. E foi ela que me fez levantar todos os dias, acreditar que ainda havia um caminho. Quando a SPV me estendeu a mão, eu agarrei com força, porque sabia que aquela era a minha chance de recomeçar.

Ederson…

Para sair dessa situação, tive que juntar pedaços de esperança espalhados pelo caminho. Era tudo fragmentado, mas eu fui pegando um a um, tentando montar um futuro. Um dia, eu disse para mim mesmo: Chega, eu não quero mais essa vida. Foi o dia em que decidi mudar. Hoje, eu posso dizer que sou um homem em reconstrução, e cada aprendizado é um tijolo na casa nova que estou construindo para mim mesmo.

Jorge…

Quando chegou a pandemia, eu fiquei desempregado e depois não consegui mais voltar para o mercado de trabalho.”

Hoje, graças a Deus, consegui fazer o curso pela SP Invisível de Gastronomia e estou muito feliz por isso.

Gina…

A gastronomia pra mim tá sendo um divisor de águas, às vezes você descobre um talento que você não sabia que tinha.

Eu só cuido da minha filhinha. Só tô com ela lá no abrigo.

Eu espero sair daqui transformada.

Nonô…

A gente soubemos, emigrar não é fácil, é muito, muito difícil. A gente começa tudo do zero, a gente busca oportunidade, a gente busca se esforçar, dar o melhor de si para você poder se erguer.

Chegou um momento que eu não conseguia mais. Eu queria desistir de tudo. Mas o meu marido só me dava força, coragem, vai dar certo, vai dar certo, a gente vai conseguir. É isso, eu tô aqui. As pesadas, as lutas… Eu tô aqui.

Tatiane…

Dá aquela tranquilidade pra gente saber que a gente tem algum reconhecimento, que a gente é alguém, que tem alguém que olha pela gente, que pensa na nossa família.